quinta-feira, 6 de agosto de 2009

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poesia
Cecília Meireles
Maria Aparecida Baccega
Livre-docente aposentada da USP, professora de pós-graduação da ECA-USP e da ESPM-SP,
editora dos Cadernos de Pesquisa da ESPM-SP, coordenadora adjunta do
Núcleo de Pesquisa Comunicação e Práticas de Consumo – ESPM-SP.
E-mail: mabga@usp.br
... Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda...
Cecília Meireles, Romanceiro da Inconfidência
Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do
Brasil, e de Matilde Benevides Meireles, professora, Cecília Benevides de Carvalho
Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, no Rio de Janeiro. Não chegou
a conhecer o pai, que morreu três meses antes de ela nascer. Ainda não tinha
três anos completos quando perdeu a mãe. Foi criada pela avó.
Concluiu o curso primário em 1910, ocasião em que recebeu de Olavo
Bilac, inspetor escolar do Rio de Janeiro, medalha de ouro por ter feito todo
o curso com “distinção e louvor”. Durante sua vida inteira falou do orgulho de
ter recebido essa medalha. Terminou o curso normal no Instituto de Educação
do Rio de Janeiro em 1917. Exerceu o magistério nas escolas públicas do então
Distrito Federal. Publicou seu primeiro livro de poesias, Espectro, em 1919.
Casou-se com o pintor português Fernando Correia Dias em 1922, com
quem teve três filhas: Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda (artista
teatral). Em 1935, seu marido suicidou-se; em 1940, ela se casou com o professor
e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo.
De 1930 a 1931, escreveu diariamente textos sobre
problemas de educação no Diário de Notícias. Organizou a
primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro em 1934. Aposentou-
se em 1951 como diretora de escola, porém continuou
a trabalhar no Rádio Ministério da Educação, no Rio de
Janeiro, como produtora e redatora de programas culturais.
Recebeu vários prêmios, entre os quais destacamos:
Prêmio de Tradução/Teatro, da Associação Paulista de
Críticos de Arte, em 1962; Prêmio Jabuti de Tradução
de Obra Literária, pelo livro Poemas de Israel, em 1963, e Prêmio Jabuti de
Poesia, pelo livro Solombra, em 1964, ambos concedidos pela Câmara Brasileira
do Livro.
Traduziu peças teatrais de Federico Garcia Lorca, Rabindranath Tagore,
Rainer Rilke e Virginia Woolf.
Cecília Meireles – Autoretrato
Revista eca.indd 113 07.08.08 11:01:56

2 comentários:

caio a rocha disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
caio a rocha disse...

Não cruze os braços diante de uma dificuldade pois o maior homem do mundo morreu de braços abertos. CAIO CÉZAR