terça-feira, 11 de agosto de 2009

PECADO

Devasta forma de amar, de ve-lo despido
da solidão, nos meus braços desenha o desejo
dos teus sonhos, entregar-te a mim... sem censura,
na neblina da madruga gemes o amor...,
que arquitetou para nossas almas...,
cicatriz, camada mais profunda da alma, o grito do valente pela perda de um desconhecido,
... o amor...,
que nos amolou no calvario do engano, das mentiras, traições escarlates.
Jurastes falsamente ao meu intropsecto o seu verdadeiro sentimento, mas
o verdadeiro, não sabiamos, era a mentira personificada no sussurar
de amor inacabado, recoberto pelo pecado do ser impossivel.
Devastos por nós mesmos, masturbamos nossos sentimentos,
na preconização de um amor eterno!
mente devassa mente.


Enedir

03/02/1970
Perdida nas madrugadas do meu recanto....do meu desencontro

domingo, 9 de agosto de 2009

A TIMIDEZ E O MEDO DA SOLIDÃO


O Medo da Solidão

Sou tímida, e como não consigo me “enturmar”, tenho muito medo da solidão. A vida vai passando, eu vou ficando mais velha e começando a me desesperar com essa situação. Tenho poucos amigos, a maioria deles é parente e, mesmo assim, acho que eles me consideram uma chata, porque não me convidam para nenhuma festinha, sequer. No trabalho, poucas pessoas se interessam pela minha companhia, vão logo me dispensando. Tenho muito medo de ficar só!

Olá amiga! Você nunca estará só, se assim você decidir! Pelo pouco que você nos contou, dá para notar em você uma total falta de auto-estima, de amor próprio (e de alguém que a ajudasse a superar esse medo: um amigo de verdade!). O que faz uma pessoa que tem sede: procurar água para beber, não é? O que é preciso fazer para achar essa água: não será num lugar onde a possibilidade de encontrá-la seja adequado, um rio, uma fonte, etc.? Assim também acontece com você, é preciso que você procure uma companhia num lugar apropriado, onde as pessoas vão para “matar sua sede de amigos”, lugar esse onde as pessoas lá estão para “encontrar outras pessoas”, trocarem idéias, paquerarem, namorarem, enfim: para não sentirem solidão!

Se você só vai em lugares onde já é conhecida (você que falou) como companhia dispensável (casa de parentes, reuniões com pessoal do trabalho), provavelmente não encontrará nada que possa lhe acrescentar de bom em seu modo tímido de ser. Há situações em nossas vidas que exigem que ousemos mais, apesar de problemas com a timidez, baixa-estima, medos, temores e até a depressão. É preciso sair desse “casulo” que você construiu ao seu redor, pois ao mesmo tempo em que você se sente “protegida” dentro dele, você possa estar se sentindo “presa” dentro dele.

Vá a lugares diferentes do seu costume, saia da rotina, liberte-se desse “casulo-cativeiro”, você o construiu, então pode destruí-lo, só depende de você querer de fato não ser só. Tenho certeza que você consegue, afinal se conseguiu sozinha construir uma “fortaleza da solidão”, você pode, certamente, construir uma “casa dos amigos”, tão ou mais sólida do que possa imaginar. É preciso mudar, é preciso ousar. E essa é a hora!

Abraços fraternos

texto: Aurélio Martuscelli Neto pesquisador nas áreas da sexualidade, timidez, medo, fobias, pânico e dependência química.
Assim como todas as portas são diferentes, aparentemente todos os caminhos são diferentes, mas vão dar todos no mesmo lugar. O caminho do fogo é a água, assim como o caminho do barco é o porto. O caminho do sangue é o chicote assim como o caminho do reto é o torto. O caminho do risco é o sucesso assim como o caminho do acaso é a sorte. O caminho da dor é o amigo. O caminho da vida é a morte”.

Solidão

SONHOS DA SOLIDÃO (24)

Dona Fernanda Rodrigues, saudosa da infância na Ilha da Madeira.


Tomei de todos os vinhos:
Ácidos, verdes, acéticos,
Expr’imentando carinhos:
Suaves, doces, milimétricos;

Sonhei a maior parte dos sonhos,
Os claros e os nebulosos...
Abruptos, agudos e crônicos,
Reais e irreais, e os fabulosos:

Restos sem definição
D’uma infância incomum,
(Verdade feita ilusão)

Como a vida de qualquer um:
Com uma palavra – um não -
Com um destino: nenhum.


Este soneto é parte da série que se refere à vinda da família Rodrigues e de tantas outras para o Brasil durante o século passado.
José Carlos De Gonzalez
Publicado no Recanto das Letras em 20/06/2009
Código do texto: T1657768

ANONIMO

"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...
Isto é carência!

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar...
Isto é saudade!

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes para realinhar os pensamentos...
Isto é equilíbrio!

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente...
Isto é um princípio da natureza!

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isto é circunstância!

Solidão é muito mais do que isto...

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma."

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

CADEIAS

Divagava a horizontes obscuros
tão só, tão só, em busca de
uma resposta para um solitario coração
Mas nada via, nada ouvia,
nada chegava
somente a dor dilacerava
minha alma...
despedaçava.
O meu coração, tão triste, tão só...
... esperava...
Refugiava-me na escuridão da noite,
na magia da minha solidão.
Fugia do brilho do sol, trancafiava-me
no meu proprio labirinto,
não sorria,
não vivia, chorava por alguém que sem
perguntar às gotas de lágrimas...
estrçalhou meu coração, afugentou os meu sonhos,
lançou-os no infinito do oceano
o desepero se armou..., e
do seu abandono tornei-me
escrava.
Acorrentada pelo desprezo como um verme,
sem Deus.
Sentia-me tão só nos quiças
dos desvaneios.
Mas o alto existe...
e não resiste, ao abismo se lança
e da sucumbencia me arranca
com a flecha do cupido dá-se o lance
... o amor...
a oferta sagrada,... que reluz na estrada, do caminheiro
a sangrar.
Ao amor do homem crucial
fui escondida como uma perola
que das impurezas se faz
se refaz, traz
a fé...
de Jesus aplacada na cruz.

Enedir
01/0709.


CUMPLICIDADE

Quero viver em cumplicidade contigo, Senhor
Quero sentir o toque do Teu amor
Quero ouvir o sussurar da Tua verdade
Quero possuir o Teu acalento
Quero reclinar minha cabeça no Teu colo
e sentir a suavidade das Tuas mãos
a deslizar na Tua cria
Quero ser digna dos Teus carinhos
da Tua contemplação
Quero que Sejas o Autor da minha historia
Quero poder olhar-Te, viver e sonhar
uma linda historia de amor contigo, Jesus.
Te amo(...)
Enedir 02/06/95

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

113
poesia
Cecília Meireles
Maria Aparecida Baccega
Livre-docente aposentada da USP, professora de pós-graduação da ECA-USP e da ESPM-SP,
editora dos Cadernos de Pesquisa da ESPM-SP, coordenadora adjunta do
Núcleo de Pesquisa Comunicação e Práticas de Consumo – ESPM-SP.
E-mail: mabga@usp.br
... Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda...
Cecília Meireles, Romanceiro da Inconfidência
Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do
Brasil, e de Matilde Benevides Meireles, professora, Cecília Benevides de Carvalho
Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, no Rio de Janeiro. Não chegou
a conhecer o pai, que morreu três meses antes de ela nascer. Ainda não tinha
três anos completos quando perdeu a mãe. Foi criada pela avó.
Concluiu o curso primário em 1910, ocasião em que recebeu de Olavo
Bilac, inspetor escolar do Rio de Janeiro, medalha de ouro por ter feito todo
o curso com “distinção e louvor”. Durante sua vida inteira falou do orgulho de
ter recebido essa medalha. Terminou o curso normal no Instituto de Educação
do Rio de Janeiro em 1917. Exerceu o magistério nas escolas públicas do então
Distrito Federal. Publicou seu primeiro livro de poesias, Espectro, em 1919.
Casou-se com o pintor português Fernando Correia Dias em 1922, com
quem teve três filhas: Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda (artista
teatral). Em 1935, seu marido suicidou-se; em 1940, ela se casou com o professor
e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo.
De 1930 a 1931, escreveu diariamente textos sobre
problemas de educação no Diário de Notícias. Organizou a
primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro em 1934. Aposentou-
se em 1951 como diretora de escola, porém continuou
a trabalhar no Rádio Ministério da Educação, no Rio de
Janeiro, como produtora e redatora de programas culturais.
Recebeu vários prêmios, entre os quais destacamos:
Prêmio de Tradução/Teatro, da Associação Paulista de
Críticos de Arte, em 1962; Prêmio Jabuti de Tradução
de Obra Literária, pelo livro Poemas de Israel, em 1963, e Prêmio Jabuti de
Poesia, pelo livro Solombra, em 1964, ambos concedidos pela Câmara Brasileira
do Livro.
Traduziu peças teatrais de Federico Garcia Lorca, Rabindranath Tagore,
Rainer Rilke e Virginia Woolf.
Cecília Meireles – Autoretrato
Revista eca.indd 113 07.08.08 11:01:56

RIO PARAGUAI CORUMBÁ-MS


Pantanal representa a vida, paz, sonhos... realizações.
Eu sou pantaneira.
Gosto de peixes, frutas silvestres como:
jatobá, ginipapo, guavira, ariticum, maracuja do campo, amorinha, jabuticaba, araça.
Gosto de comer aves silvestres, jacutinga, pato do mato, isto é para comer e não para destruir a natureza.
E normal comer rabo de jacaré assado no borraio sem contar que sua carne é nutritiva e muito saborosa.
O prato especifico de Corumbá e Ladario é conhecido como peixe urucum em referencia à riqueza mineral de nossa região - " o morro do urucum".
A ave simbolo do pantanal é o tuiuiu, conhecido como jaburu.
Esta foto registra o lugar onde dona Maria mora, ela cuida dos jacarés, o mais interessante ela conversa com eles. O pantanal é misterio... indesvendável... só entende quem é pantaneiro. Enedir

Théo meu cahorro. Meu Patbul

Este animal é dócil, condiciona-o ao amor
e terás um grande amigo... Théo meu amiguinho.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Quando eu já não existir...
Busque-me no brilho das estrelas
No sorriso da criança
Nas mãos tremulas do ançião
Nas petelas desabrochadas
Quando eu já não existir...
Busque-me nas nuvens a vagar
No calor do sol
Na faisca do raio
Na dor da solidão
No inverno do menino
No timido olhar do adolescente
No medo do valente
Quando eu já não existir e saudades
De mim sentir
Busca-me no reflexo do seu
Desespero e verás a minha imagem
A lhe sorrir.

Enedir (1973- 4 h da madrugada, na solidão do meu quarto)

quinta-feira, 30 de julho de 2009

ESCONDERIJO DOS ANJOS


O secreto não é o meu coração, mas intenção do teu amar
do teu possuir, do intronizar na minha canção, do pairo jeito
de te amar..., loucuras possuidas na longa e ternas madrugadas,
que vagas no brilho minusculo do vaga-lume, e encontra o
ápice do teu espirito a evadir-se no meu quarto, entrelaçado ao
calor do vinho, no labirinto do meu desejo escondo-te da fuga que buscas,
mas a encontra no grito da minha paixão..., do toque que desejas, sou sua...
não importas, a saga improdutiva, serei o ovulo dos teus sonhos em busca do teu,
produto quimico, o amor.
Enedir