sábado, 2 de janeiro de 2010

Fagulhas

Fagulhas do calibre de um forasteiro acertou como alvo, o coração
de uma águia, restou-lhe somente a visão
da queda que proporcionaram,
no seu despencar viu sorrisos de galhos
machucando seu corpo semianestesiado pela dor.
Os gritos das montanhas proclamavam fim desta ave
que como sonhos voa alto, construia seu castelo no cume da montanha mais aconchegante
Agora não dá, não sobe mais por entre as nuvens,
não deslisa por entres os raios e trovões com ligeireza, perdeu sua bússola, sua altives desmoronou em ruinas, não foca o olhar ao horizonte, tudo é cinza, agora.
Repentinamente estende-se ao chão, sua cabeça investiga ao redor,
tentaivas frustradas, sussurras a minha presa agora está em outros braços, agarradas
como teias, grilhões invisiveis a surpreenderam, terrivel surprea a esta ave que estima total liberdade de um grande amor, ao último suspiro, todavia vê mais uma vez a flecha do certeiro cravar no seu coração, fotografou o traidor, aquele crucial escudeiro da morte que lhe rouba os sonhos dos voos mais altos e das aterrisagem submarinhas que molhavam sua textura feliz por ser livre,
em fração de segundos consegue enxergar o rosto do seu cruel desalento, traição, traição
era o nome do arco que a encarcerou ao pé do monte, jazido dos desamores.

Nestas palavras estão desabafos... analogia da grande perda que acertou o mais profundo de minha alma. O Pantanal me inspira... sorrir e chorar, gritar e gemer, abraçar e separar... retornar-me ao refrigério apenas da saudade.

02/01/2010