SONHOS DA SOLIDÃO (24)
Dona Fernanda Rodrigues, saudosa da infância na Ilha da Madeira.
Tomei de todos os vinhos:
Ácidos, verdes, acéticos,
Expr’imentando carinhos:
Suaves, doces, milimétricos;
Sonhei a maior parte dos sonhos,
Os claros e os nebulosos...
Abruptos, agudos e crônicos,
Reais e irreais, e os fabulosos:
Restos sem definição
D’uma infância incomum,
(Verdade feita ilusão)
Como a vida de qualquer um:
Com uma palavra – um não -
Com um destino: nenhum.
Este soneto é parte da série que se refere à vinda da família Rodrigues e de tantas outras para o Brasil durante o século passado.
José Carlos De Gonzalez
Publicado no Recanto das Letras em 20/06/2009
Código do texto: T1657768
domingo, 9 de agosto de 2009
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