domingo, 9 de agosto de 2009

Solidão

SONHOS DA SOLIDÃO (24)

Dona Fernanda Rodrigues, saudosa da infância na Ilha da Madeira.


Tomei de todos os vinhos:
Ácidos, verdes, acéticos,
Expr’imentando carinhos:
Suaves, doces, milimétricos;

Sonhei a maior parte dos sonhos,
Os claros e os nebulosos...
Abruptos, agudos e crônicos,
Reais e irreais, e os fabulosos:

Restos sem definição
D’uma infância incomum,
(Verdade feita ilusão)

Como a vida de qualquer um:
Com uma palavra – um não -
Com um destino: nenhum.


Este soneto é parte da série que se refere à vinda da família Rodrigues e de tantas outras para o Brasil durante o século passado.
José Carlos De Gonzalez
Publicado no Recanto das Letras em 20/06/2009
Código do texto: T1657768

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